Estudantes fazem apresentações artísticas sobre Direito do Trabalho
05 de dezembro de 2017
Jovens do Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Itapuã, participaram, nesta segunda-feira, dia 4, da última etapa do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) aplicado naquela escola desde o início do ano. Com a presença de professores e da juíza aposentada Gerúzia Amorim (diretora de Aposentados e Pensionistas da Amatra5), os estudantes fizeram várias performances baseadas em temas da Cartilha do Trabalhador, distribuída gratuitamente pela Amatra5.

Eles usaram peças de teatro, paródia de música, apresentação de marionetes e cordel para retratar várias situações ligadas ao mundo do trabalho, como férias, 13º salário, aviso prévio, licença paternidade e trabalho infantil.

A juíza Gerúzia Amorim disse ter ficado feliz ao constatar que os alunos absorveram bem os ensinamentos da Cartilha do Trabalhador e que já pensam sobre o tema. “Como vocês são jovens aprendizes é fundamental saber sobre esses direitos para poder cobrar futuramente, do empregador, aquilo que, pela Constituição, é direito de todo trabalhador”.

A diretora Eliene Lago elogiou a iniciativa e agradeceu à Amatra5 pela disponibilidade de orientar os professores e estudantes do colégio.

A professora Fabiana Barreto, que organizou as apresentações, explica que cada grupo escolheu um tema para trabalhar. Para os alunos que estudam teatro foi um bom laboratório, que uniu teoria e prática. Ela ressalta que os cerca de 200 alunos do colégio são jovens que aprendem arte e cultura e quando terminam o curso estão aptos para o mercado de trabalho.

O jovem Juan Silva Lopes, 18 anos, fez o papel de uma mãe que obrigava os filhos menores a trabalhar na rua. Depois de conscientizada sobre o assunto pelas autoridades, a personagem mudou de ideia e matriculou as crianças na escola. “Vejo muito essa realidade nas ruas, crianças trabalhando como se fossem adultas”, diz o jovem, que se inspirou na avó para construir o personagem.   

Outra jovem, Amanda Rodrigues, 18 anos, também vê muitas crianças trabalhando no dia a dia, em Salvador. Ela faz faculdade de enfermagem e conta que no trajeto é comum encontrar crianças trabalhando nos ônibus e nas ruas, vendendo doces e amendoim. “O TJC foi importante para alertar sobre essa situação”.

Direitos fundamentais

O TJC funciona com a participação efetiva de magistrados da Justiça do Trabalho, advogados, procuradores e professores, que levam noções básicas de direitos fundamentais, do trabalho e da criança, além de ética e cidadania.

Após a sensibilização dos professores, é feita uma capacitação e distribuição da Cartilha do Trabalhador para ser aplicada em sala de aula. Os alunos visitam a Justiça do Trabalho para acompanhar uma audiência e participam, junto com os professores, de sessões Tira-Dúvida com juízes do Trabalho. A culminância é a parte final, quando os alunos mostram, de forma lúdica, o que aprenderam em sala de aula sobre direitos e deveres dos trabalhadores.

A iniciativa é da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas) e aplicada nos estados pelas Amatras. Na Bahia é executada pela Amatra5 com o apoio do TRT5. Este ano o programa foi aplicado em Salvador (Colégio Alípio Franca e Sagrado Coração de Jesus) e em escolas municipais de Feira de Santana e Lauro de Freitas.



Na foto2, a juíza Gerúzia Amorim
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