Seminário apresenta números sobre o trabalho infantil na Bahia
11 de novembro de 2013

Uma apresentação de capoeira de alunos do Projeto Axé abriu os trabalhos do Seminário “Trabalho Infantil sob a ótica de gênero e raça: importância do debate e promoção da igualdade nas políticas públicas”.  Promovido pelo Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (FETIPA), o evento contou com a presença de representantes de vários municípios baianos, que foram assistir as palestras ministradas no auditório da Ordem dos Advogados da Bahia (OAB/Bahia), na Piedade.



A mesa de abertura contou com a presença de várias entidades,  como o Sindicato dos Trabalhadores Domésticos da Bahia; Ministério Público estadual; Secretaria Municipal de Reparação; TRT5, representado pela vice-presidente Nélia Neves, entre outros.  Representando os magistrados do Trabalho na Bahia, a diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Amatra5, juíza Manuela Hermes de Lima (foto).



A juíza elogiou a participação das delegações do interior da Bahia no evento, uma prova, segundo ela, da importância do tema e da mobilização do FETIPA nas cidades baianas. Dra. Manuela enfatizou a importância da atuação do Magistrado do Trabalho nessa  rede liderada pelo Fórum estadual. "É preciso acabar com o falso mito de que para a criança é melhor estar trabalhando do que nas ruas. Lugar de criança é na escola e em vez de trabalhar ela precisa brincar e estudar", afirma a juíza.



Durante o evento foi lançado o estudo temático “O Trabalho Infantil na Bahia nos anos 2000”, produzido pelo Observatório do Trabalho da Bahia (Setre) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O estudo foi apresentado pela técnica do Observatório do Trabalho, Flávia Rodrigues (Dieese).



Os dados são preocupantes. Estão trabalhando no Estado 363 mil crianças e adolescentes, sendo 52,8% delas ocupadas em áreas rurais. Flávia, no entanto, valorizou o fato de a Bahia ter conseguido reduzir em 34,3% o número de crianças e adolescentes ocupadas entre os anos 2004 e 2011. “Foi uma queda significativa, pois saímos de 553.852 crianças trabalhando para 363.609", disse.



O evento teve ainda uma palestra da auditora Fiscal Teresa Calabrich (SRTE), falando sobre os “Cenários do trabalho infantil, no Brasil, na Bahia e Salvador”.



A coordenadora da Agenda Bahia do Trabalho Decente e também presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB-Ba, Patrícia Lima, apresentou uma palestra sobre “Trabalho infantil, Gênero, Raça e Políticas Públicas”. Arielma Galvão, presidente do FETIPA comemorou a presença de representantes de Feira de Santana, Ichu, Vera Cruz, Cruz das Almas e Muritiba no evento. Disse ainda que o trabalho do Fórum exige muita articulação e militância e que o seminário é uma prova de que a rede interinstitucional está fortalecida.



O estudo temático “O Trabalho Infantil na Bahia nos anos 2000” produzido pela Setre-Dieese que será distribuído gratuitamente entre entidades públicas e privadas que formam o Comitê Gestor do Trabalho Decente. 


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